Fraude gigantesca a usar cartões de crédito pré-pago. 45 milhões de euros roubados.
Graças a Deus nenhum cliente particular foi afetado, mas os estafadores atacaram o sistema bancário de maneira inesperada, usando cartões pré-pagos. Os bancos seguramente sentiram-se mais leves depois de ter de enxugar tal perda.
Na verdade, dois bancos mais precisamente foram atacados: o Banco Muscat, sedeado em Oman, e o Bank of Ras al Khaimah em Abu Dabi. Não tenho certeza que os Emirados sofreram tanto assim com a perda, mas sei de alguns que devem ter perdido as estribeiras ao dirigir suas ferraris cobertas a ouro.
A história passou-se mais ou menos desta maneira: um cartão pré-pago pode de fato, ser emitido por qualquer empresa terceirizada a possuir uma licença da Visa ou Mastercard. Logo, esta empresa será a única responsável pela gestão e segurança de seus cartões.
Ao que parece, os Bancos de Muscat e o Bank of Ras al Khaimah deixaram aberta um falha crítica de segurança que permitiram indevidamente que os defraudadores aumentassem seu limite de levantamento de numerário nas caixas automáticas.
Os malfeitores pelo jeito adquiriram regularmente cartões pré-pagos e logo efetuaram clonagem de cartões que conseguiram enviar e facultar a seus cúmplices em 26 países diferentes, prontos para agir a qualquer momento.
Mediante pirataria do sistema de computadores dos bancos, os defraudadores deram luz verde a seus cúmplices para que procedessem a retiradas massivas de numerário e, em menos de dez horas, efetuaram mais de 40000 levantamentos. Os bancos emissores tiveram de enxugar um prejuízo de 45 milhões de Euros.
7 dos cúmplices foram parados em Estados Unidos, 2 em Alemanha e o suposto cérebro da operação Alberto Lajud-Pena de 23 anos apenas foi abatido em circunstâncias sombrias e mal-explicadas em República Dominicana.
Não nos equivocaríamos em apostar que Visa e Masterdcard não ficarão indiferentes a esta fraude e passarão a exigir maior segurança da parte dos emissores de cartões pré-pagos.
No que diz respeitos a nós, pequenos e humildes consumidores, diria que evitemos a compra de cartões pré-pagos cujos emissores sejam demasiado ‘exóticos’, ou mesmo fora da comunidade européia – ou ainda algum que não conte com um bom site, em bom português.
Redigimos recentemente um comparativo com todos os cartões pré-pagos de confiança que se encontram no mercado europeu em geral e no mercado português mais em particular, aqueles com os quais hemos de sentir-nos em casa.
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